
Aquela linda morena, com 1.50m de altura, pés pequenos, com apenas 30 anos de idade, que acabara de dividir uma noite espetacular comigo, não respirava mais. Seus pulsos não pulsavam. Seu coração não batia. Por um instante, lembrei do primeiro dia que a vi, abaixo da Linha do Equador, radiante como o sol equatorial que clareava Belém do Pará. Sua sensualidade me conquistou com o rodopiar de sua saia florida aos passos do carimbó. Quando dei por mim, não escutava mais sua voz, a menina tagarela, aquela que falava sem parar, em poucos minutos calou-se para sempre.
Hoje, estou em Madri, na Espanha, como tínhamos planejado. Sem a sua presença, o vazio, acompanhado da saudade, guia a minha vida sem sentido. Ao passar no centro histórico de Madri, viajo no tempo e remeto-me a nossa lua de mel em São Cristóvão, uma bela cidade histórica sergipana. Na janela da pousada, ouvíamos a voz inconfundível de Moraes Moreira cantando “Três Meninas do Brasil”. Mas a menina que mais amei não está aqui comigo. Porém, tenho certeza, onde estiver Raquel continua sentido meu amor, pois é verdade, o que bom dura pouco, mas o que é verdadeiro dura um século.
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Universidade Federal de Sergipe
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Comunicação Social/Jornalismo
Trabalho Acadêmico - Produção e Recepção de Texto I
Profª. Mariana Salerno