terça-feira, 3 de setembro de 2013

A outra metade

Assim que encostei meus lábios nos seus, frases desconexas surgiram em minha mente. Achei necessário registrá-las, buscar uma sintonia, um nexo. O suporte era o menos importante, podia ser escrita à mão em um pedaço de papel, digitar no iPad ou datilografar na minha velha máquina Remington Ipanema.

Com o seu beijo, a brisa que me igualava ao mar desapareceu dando lugar a uma forte tempestade. A calmaria foi substituída por ondas gigantes, arrastando tudo que me tranquilizava. Agora me pego datilografando essas linhas, caçando palavras, buscando explicações.

A única resposta que encontrei me levou apenas à metade do caminho. Resta-me encontrar a outra metade.

Aracaju/SE
20.08.2013

Vento dançante

É inverno, só resta um pouco de sol no céu, mais uma tarde chega ao fim. Sento na cadeira de balanço, em frente a minha casa, esperando a noite chegar. Monto guarda na minha porta para sentir a brisa que bate anunciando a vinda de um vento mais forte, que vem dançando pela rua.

Pernilongo

Ao tentar escrever essas poucas palavras, sou azucrinado por um pernilongo que insiste zunir em meus ouvidos. Pergunto:

- Por que Noé colocou um casal de pernilongo na Arca?